quinta-feira, 17 de julho de 2008

Concurso inútil

O concurso de docentes, nomeadamente o de afectação dos professores dos Quadros de Zona Pedagógica, é uma tonteria pegada.
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Cria-se uma angústia terrível: a obrigatoriedade de ter de concorrer caso o professor não tenha componente lectiva atribuída, só o sabendo horas antes do prazo limite (nem os Conselhos Executivos o sabem ao certo, a tempo e horas, uma vez que muitas matrículas ainda estão por fazer); os inúmeros "erros" da aplicação informática (são tantas as variáveis e os condicionalismos não previstos que a máquina tem que emperrar); as trocas de mensagens de correio eletrónico entre as escolas e os professores com a DGRHE, por este ou aquele problema, este ou aquele erro, sem que a maior parte das situações sejam sequer esclarecidas...
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E tudo isto para ficar quase tudo na mesma, pois os professores que não tenham componente lectiva na escola deste ano, dificilmente terão noutra no próximo, ficando afectos administrativamente àquela. Mais: com a agravante de alguns deles serem objectivamente prejudicados, sobretudo os melhor graduados, pois basta que haja um horário para concurso no seu grupo de recrutamento para que o professor melhor graduado em concurso tenha que mudar de escola, ficando os restantes professores (por ausência de horário) na mesma. Isto porque na fase inicial do ano lectivo muitas horas ainda não foram atribuídas. A maioria destes docentes termina o ano lectivo com o horário completo (novas turmas, licenças de gravidez, apoios educativos, aulas de substituição...). Para quê estar a obrigar estes professores a mudar de escola (porque alguns deles acabam por mudar), quando em quase todas as suas escolas originais há necessidade dos seus serviços. Qual a lógica pedagógica?
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Chama-se a isto desperdício. Resultante de um manifesto desconhecimento da realidade no terreno.
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