sábado, 24 de janeiro de 2009

Um novo modelo civilizacional

Parecerá não fazer sentido face às ideias feitas dos nossos caros (literalmente) economistas e líderes políticos mundiais, mas se queremos que a humanidade se continue a desenvolver de modo mais equilibrado e constante, com mais justiça e paz social, há que "mudar agulhas":
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- cada um de nós trabalhar menos horas por dia (seria possível apenas metade), tendo, como resultado, mais tempo livre e, com este:
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- dedicar mais tempo à família (à educação dos filhos e ao cuidado dos idosos), aos amigos e ao convívio social
- investir mais na sua educação e formação pessoal
- desfrutar da vida
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Ilusão?
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Não!
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Com várias nuances e esquematicamente: o desemprego diminuiria de forma crescente até zero. As prestações sociais com o desemprego e a formação profissional "fantasmas" deixariam de ser necessárias. Consequentemente, os impostos a pagar por cidadãos e empresas diminuiriam (assim como a fuga ao fisco), libertando verbas para os salários de mais empregados, com manutenção e até aumento dos rendimentos disponíveis. O crescimento da indústria do lazer e da cultura (com mais emprego não sazonal) teria o contraponto na redução da máquina do estado e da despesa deste. O aumento da felicidade e bem-estar geral teria repercussões na saúde das pessoas e, consequentemente, por várias vias, no erário público; o investimento na formação pessoal e na educação num maior e melhor desenvolvimento tecnológico e científico, posto ao serviço do trabalho e da salvaguarda do ambiente, bem como no fortalecimento dos valores humanos. A valorização do ambiente e da saúde promoveriam a prática agrícola de qualidade e a utilização de energias limpas. O bem comum observado à nossa volta teria reflexos na não aceitação de práticas especulativas e de exploração económica e humana. A corrupção não teria onde se alimentar. A diferença entre ricos e pobres diminuiria significativamente...
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Em teoria, a humanidade podia viver maioritariamente do lazer e da cultura. A indústria e a agricultura cada vez mais mecanizadas ocupariam uma pequena parte dos homens e mulheres do planeta.
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Sonhemos?
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