sábado, 21 de junho de 2008

Um novo modelo de competição

Os jogadores da selecção portuguesa de futebol e o seu ex-treinador deveriam penar frente a um aparelho de televisão a preto e branco (sim, a preto e branco, pois a arte não precisa de cor) e ver e rever o jogo de hoje da selecção russa frente à Holanda. A Rússia poderá não vir a ganhar este Campeonato da Europa, mas terá ganho o coração de milhares de adeptos de boa bola por esse mundo fora.
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Mas o que mais ressalva destes últimos jogos do Europeu é a falência do seu modelo de competição. As melhores equipas podem ser afastadas num jogo menos feliz. A Holanda é uma boa equipa. A Roménia é uma boa equipa. Portugal, com um pouco mais de disponibilidade física e vontade, é uma boa equipa... E, acima de tudo, a Grécia não teria sido campeã há quatro anos atrás!
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O modelo de competição mais justo é o verdadeiro "campeonato", em que cada um joga contra todos. O que pressupõe, numa competição de fim de época como esta, que não se façam mais de meia dúzia de jogos. Portanto, apenas oito equipas apuradas para a fase final e sete jogos cada (apenas mais um do que os finalistas no actual modelo). Ou, melhor ainda, apenas seis selecções: cinco jogos cada e uma final a duas mãos entre os dois primeiros, em que o jogo realizado entre ambas na primeira fase conte como terceiro jogo (obrigando o segundo classificado a ganhar os dois jogos se quiser ser campeão). Como se vê, há muitas variáveis possíveis e uma certeza: a vencedora seria realmente a melhor selecção.
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