quinta-feira, 3 de maio de 2007

Prender o fumo

Há problemas que não têm solução no meio termo. A questão da proibição de fumar em espaços públicos não pode distinguir estabelecimentos com área x de outros com área y; não pode outorgar aos proprietários o direito de decidir pela proibição ou a permissão; não pode compadecer-se com interesses corporativistas ou egoístas. Veja-se o que sucedeu em Espanha, onde a grande maioria dos estabelecimentos que decidiram pela proibição tiveram que voltar atrás ou encerrar. Contrariamente, veja-se o que sucedeu na Irlanda, em que a proibição total foi um sucesso.
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Os factos são claros: o tabagismo é manifestamente prejudicial à saúde dos que fumam e dos que não fumam; setenta por cento da população portuguesa não é fumadora; oitenta e muitos por cento são favoráveis a medidas restritivas; os direitos individuais só fazem sentido quando não colidem com os direitos dos outros...
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Quaisquer outros argumentos só podem ser motivados por interesses particulares ou económicos. Se o bom senso imperar, proibe-se totalmente o fumo em espaços fechados. Os fumadores exercerão o seu direito ao prazer de um cigarro ao ar livre. E que bem lhes fará!
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